Quando eu era criança gostava de escutar causos populares dos mais velhos. Então eu não curtia contos-de-fada famosos como: Cinderella, Branca Neve e Bela Adormecida. Deste jeito, eu pedia para minha mãe:

- Por favor, conta a história da Loira Fantasma!

- Quero escutar o causo da Noiva do Belvedere!

- Gostaria de ouvir o conto do Cachorro do Drácula!

Assim fui pedindo aos mais velhos para que eles me contassem lendas.

O tempo passou e, na idade adulta, fui trabalhar no comércio de Curitiba. Sempre quando uma freguesa idosa se aproximava e tentava conversar, logo eu vinha com as seguintes perguntas:

- No seu bairro existe algum causo de fantasma?

- A senhora conhece uma lenda de terror?

Geralmente, as anciãs conheciam histórias assim e me passavam.

Depois precisei fazer curso de Informática Básica por exigência do mercado de trabalho. Então a professora descobriu que eu pesquisava lendas e sugeriu para que eu montasse um blog. Desta maneira consegui um espaço gratuito no site Usina de Letras. Depois vieram as redes sociais, onde abriguei muitos textos meus.

As pessoas falavam que eu deveria escrever um livro. Mas pesquisei e descobri que as editoras cobravam muito caro pelas publicações.

Em 2012, o jornalista Helio Puglielli falou que o editor Anthony Leahy, do Instituto Memória, poderia publicar meu livro de graça. Assim entrei em contato com este editor e mandei alguns textos. Em novembro de 2013 o meu livro, Lendas Curitibanas, foi publicado.

A obra, Lendas Curitibanas, contém alguns causos populares da capital do Paraná com grandes doses de humor e mistério.

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